segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Marisa e Andrews ♥ - Parte 1

Gensõ é realmente um mundo complicado, envolto por uma aura de conflito e derramamento de sangue inocente, mas ainda existe algumas raras almas que desejam salvar o mundo...
E outras que não se importam com esses problemas... Afinal, muito ajuda quem não atrapalha...
...
O grandiosos sol brilhava no céu, quando um cavalo corria em alta velocidade por uma estrada no continente de Drimlaê. Os cascos pesados levantavam a terra fortemente enquanto seu cavaleiro ficava em silêncio. Acabara de passar por uma floresta, havia lutado para sobreviver por alguns dias com as criaturas místicas que se escondem entre as folhas, e estava agora indo em direção a seu objetivo. Já podia-se ver a grande torre espiralada feita por tijolos avermelhados e enfeitada por musgos, ao longe.

O cavaleiro que estava no dorso do equino era na verdade uma amazona, uma bela humana de cabelos castanhos, curtos, cortados num corte reto mas muito bonito. Seus olhos azulados estavam cansados e naquele momento, avermelhados, mostrando que devia estar cansada e faminta, sua pele era de um leve marrom e seu nome era Marisa, uma cavaleira novata da ordem da Espada do Poder, uma ordem de cavaleiros em Drimlaê quem dissem ter sido formada pela glória de Tyali, deus do poder e dos humanos. Um título muito desejado e dificilmente conquistado. Podia-se notar isso pela espada simples que carregava.

A torre estava cada vez mais próxima, a mulher tinha ido para aquele lugar para salvar uma pessoa que estava a algum tempo presa numa espécie de maldição. Reza a lenda que somente uma donzela virgem poderia adentrar o local, uma donzela virgem e forte. Marisa mostraria a toda Shufu, (capital de Drimlaê, onde se encontra a base das Espadas do Poder) que essa  donzela seria ela.
A torre se encontrava do outro lado de uma ponte. Abaixo, muita água e rochas engrecidas formavam pontiagudos espinhos apontados para cima, apenas esperando uma vítima.
A mulher respirou fundo após descer do cavalo e se aproximou da ponte, uma ponte velha que parecia estar em péssimo estado.





Marisa passou as costas da mão na testa, limpando o suor enquanto dizia:
-- É sempre assim! Lugares que guardam pessoas amaldiçoadas sempre tem uma ponte assim... -- Ela olhava para baixo, sentindo calafrios. -- ... Em cima de um rio assim...
A mulher voltou-se para sua montaria e acariciando sua fronte disse:
-- Thunder! Fique aqui, vai ser bem dificil passar sozinha, com você seria impossivel...
O cavalo fazia uma expressão triste, podia-se notar que o quadrúpede entendera perfeitamente o que sua dona falara.
Após respirar um pouco, ajeitar sua espada no quadril e pedir as benções de Tyali, Marisa coloca o pé esquerdo na primeira madeira da ponte, que range alto. Mais na frente uma das madeiras caira no rio e Marisa tirou-lhe rapidamente o pé, assustada.
-- Tyali! Como vou passar por isso? -- Dizia a mulher olhando para a torre.
Marisa nunca fora uma mulher medrosa, apenas inteligente, mas naquela situação parar para pensar não iria ajudar em nada, era momento de agir.
Um passo fora dado sobre a ponte, seguido de um alto rangido e assim outro passo fora dado, seguido de outro rangido. Thunder olhava para sua dona com uma expressão aflita, pobre coitado! Não podia fazer nada para ajudá-la, apenas observar.
Com cuidado a garota conseguira ficar bem no meio da ponte, era o ponto mais drástico, porque não tinha bem para onde correr caso o pior acontecesse.
Marisa respirava devagar e controladamente, cada movimento seu era delicado sobre aquelas madeiras podres.
De repente, um som fora ouvido, Thunder havia relinchado alto e o olhar da mulher, que fitava fielmente seu destino, correu para os céus.
Nos céus haviam duas criaturas aladas vindo em sua direção, rapidamente ela reconheceu as criaturas.
Eram Harpias.



-- Comida, irmã! Comida fácil, não vamos precisar ir atrás hoje! -- Gritava uma das harpias, sendo seguida por risos histéricos e finos da outra.
A criatura que havia falado voara em direção de Marisa, passando perto dela, fazendo ela abaixar. Seu movimento fora ainda delicado, mas menos que os de antes, o som dos rangidos da ponte soara bem mais alto.
-- Fique quietinha, você tem duas opções, mulher! Ou você cai e morre lá em baixo ou vira nosso almoço... Que tal virar nosso almoço? Se for pra morrer pelo ao menos satisfaça alguém! -- Gritou a harpia seguida novamente pelo riso histérico da outra que parecia não saber falar.
-- Só tenho uma opção, sua ave nojenta! E essa opção é atravessar essa ponte viva! -- Gritou Marisa. Rápida, mas delicadamente, a cavaleira tirou sua espada do quadril, soltando uma das mãos das cordas podres que eram a ponte e apontando para a harpia.
A ave que estava ao longe apenas sorrindo, voara em alta velocidade para cima da cavaleira, batendo em seu estomago com a cabeça. Após o impacto a ave apenas a olhava dando o mesmo sorriso irritante. A ponte balançara e uma parte da corda, do lado em que estava Thunder, que relinchava sem parar, começara a dessamarrar.
-- Droga! -- Dizia Marisa olhando a corda enquanto tentava andar em direção contrária o mais rápido possível e ao mesmo tempo guardar sua espada de volta no quadril, não ia ser possível lutar alí, não naquelas condições.
-- E então bonitinha? Como é que vai ser? Já escolheu a morte? -- Gritava a harpia.
-- Cala a boca... -- Dizia a mulher acelerando o passo enquanto segurava firme nas cordas da ponte.
Sem esperar mais, a mesma harpia que atacara antes, fazia um novo ataque, batendo no mesmo ponto de antes, no estomago, mas dessa vez o ataque fora certeiro, e a ponte cortou-se ao meio.
Marisa caíra com tudo, enquanto Thunder relinchava alto e desesperado.
Uma harpia olhava para a outra quando aquela que conseguia falar dizia:
-- É... Ela fez a opção dela, mas quer saber? nós ainda vamos almoçar... -- A harpia apontava para Thunder.
As criaturas voaram em direção ao cavalo.
Pendurada na ponta da corda da ponte que não arrebentara, encostada numa grande rocha, Marisa chorava enquanto ouvia os relinchares desesperados de seu companheiro sendo morto em meio às risadas das harpias.

Continua ....

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