sábado, 7 de maio de 2011

Nascimento de um sonho.

Nada existia, nem a luz, nem trevas, nem mesmo o éter. Apenas um grande, denso e infinito vácuo. Não existia tempo, nem espaço, nem mesmo uma vida sequer. Nada existia.
Nesse enorme vácuo vivia um ser, que não era vivo, nem morto. Não era elemental, carnal, nem espiritual. Não se sabe como, mas esse ser era perfeito em sua imperfeição vazia. Era a bondade pura e a mais terrível maldade. Esse ser onipotente, onipresente e onisciente seria conhecido como "Criador".
Não se sabe quando ou onde (pois não existia tempo ou espaço), mas certa vez o Criador decidiu dar vida ao vácuo, e com um único pensamento, o que antes era apenas vácuo, transformou-se em universo, e em meio a esse universo sem fim, nascera um mundo. Esse mundo nada tinha, apenas um chão seco e rochas. Nenhuma vida, nenhum movimento, nem mesmo ventos sopravam por aqueleas terras inférteis. o Criador estava feliz, mas não era suficiente.
Não era o que o Criador queria, e sem saber o que queria, criou o que queria. Com um sopro, o Criador criou vida. Nove vidas especificamente. E esses foram chamados de filhos, e para os filhos foram dados poderes. E mais uma vez o Criador ficou feliz, e na sua felicidade, desapareceu, deixando o resto da criação nas mãos de seus filhos.
Confiara neles, pois, mesmo sem saber, eles eram toda sua personalidade fragmentada, mesmo muito diferentes, todos juntos, era a total personalidade do Criador.
Então os filhos do Criador, ironicamente, começaram a criar, e depois foram chamados de deuses...

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