sábado, 16 de junho de 2012

Espadas do Poder - Gabriel Silvrrui


Os dragões são os monstros mais poderosos que caminham – ou nadam – em Gensõ... Disso ninguém tem duvidas. Encontrar um dragão é sinônimo de aventuras e historias, se você sair vivo depois desse encontro.


Uma das historias mais contadas por bardos e historiadores pela capital de Drimlaê é a do nascimento da Ordem dos Espadas do Poder, a cavalaria real de Shufu, os cavaleiros abençoados por Tyali.
A Ordem não é tão velha quanto muitas ordens em Gensõ, na realidade os Espadas do Poder são uma ordem recente.
Há alguns anos atrás quando Richard III era o rei e Tyrus, apenas o bobo real, a cidade de Shufu, a maior capital de Gensõ, era protegida por cavaleiros reais sem nome e sem leis, os cavaleiros, por ser a elite acabaram perdendo a honra e o respeito, tornaram-se um grupo altamente militarizado, importando-se mais com batalhas e derramamento de sangue do que com a proteção do povo de Shufu.
Os cavaleiros eram beberrões e aproveitadores, arrancavam todo ouro que podia dos pobres e maltratavam suas mulheres e crianças sem pena ou misericórdia. Em meio a esses cavaleiros existia um homem que ainda possuía um coração puro. As atitudes de seus companheiros estavam cada vez pior, isso não era uma coisa boa para Gabriel Silvrrui, humano filho de humildes camponeses, que após muita dedicação e esforço conseguira se tornar um soldado da elite Shufu, mesmo que em um baixo cargo.
Gabriel sempre fora um homem de fé, mas aqueles tempos eram difíceis, devoto de Tyali, deus dos humanos, ironia e poder, o homem rogou pelo seu deus durante vários dias e varias noites, sem um só sinal de sua importância para com ele.

O homem pediu a seu superior um tempo para viajar e cuidar de algumas coisas em outra cidade.

Acompanhando um grupo de viajantes, trajando roupas simples e portando apenas uma espada simples, velha e enferrujada, Gabriel encontrou a resposta das suas perguntas.


Um dragão vermelho, a raça mais poderosa entre os dragões, atacou os viajantes.


As pessoas estavam assustadas e fugiam como covardes, mas Gabriel continuou em pé diante do monstro que carregava uma imensa bola flamejante para fulminar o homem...
A bola de fogo fez a trajetória entre o dragão e o homem, enfeitando o ar com fumaça e fagulhas ardentes, no mesmo momento Gabriel rogava em voz alta o nome de Tyali, segurando sua espada velha na frente do rosto. Bardos dizem que naquele dia Tyali estava contente por ter ajudado um desconhecido, enquanto outros dizem que o deus do poder já tinha uma missão trajada para Gabriel.
A fumaça tomou conta do local, e enquanto o dragão voava, certo de que tinha acabado com a vida do guerreiro ouviu-se um sorriso. Gabriel estava vivo, ele celebrava o nome de Tyali enquanto a fumaça descia, mostrando sua espada intacta. As pessoas que viajavam com o mesmo saíram de seus esconderijos batendo palmas e louvando o nome de Tyali.
O tempo passou Tyrus o bobo, ouviu essa história, mas nunca realmente a contou para o rei, assim que este mudou de lugar com seu soberano, o agora rei Tyrus chamou Gabriel ao palácio e em meio a brincadeiras e piadas, convidou-o a ser líder do protetorado do reino, dando liberdade para convidar e expulsar aqueles que desejassem. Gabriel aceitou a honra e assim chamou o protetorado de Shufu de Espadas do Poder, para que ele sempre se lembrasse de Tyali, o deus que deu as glórias a um servo simples e crente.
Gabriel carrega sempre em mãos a mesma espada velha abençoada pelo deus dos humanos e pôs como regra que os seus guerreiros (apenas humanos) que carregassem espadas simples, nunca demonstrando poder, mesmo sendo possuidor do mesmo, pois é isso que Tyali o deus da ironia e do poder prega.