As amazonas e os guerreiros da guarda de Shufu marcharam
todo o caminho até o Castelo do Bobo, não eram tão disciplinados quanto os soldados
de Tyrus, mas tinham amor à Sarah e isso era suficiente.
Em frente, Sam, Joy, Layllian e Sarah, preocupada.
Primeiro porque não era uma guerreira total ainda, tinha o
talento para isso, talvez vindo de seu pai, mas não era forte suficiente para
derrotar seus próprios soldados no castelo. Segundo porque não queria lutar,
não queria derramamento de sangue.
O céu estava escurecendo, não por causa da noite, mas uma
forte chuva se formava sobre suas cabeças. As casas já estavam fechadas e as
ruas vazias, quando uma pequena vendedora de maças, correndo para se proteger
dos pingos, nota o pequeno batalhão e ao ver a rainha, grita seu nome.
Mesmo entre os pingos caindo as janelas pouco a pouco foram
se abrindo.
-- É a rainha! Rainha Sarah está de volta! -- As pessoas gritavam e mais janelas abriam-se,
para ver a amada mulher.
Cada grito, cada boas-vindas davam mais esperança para
Sarah. Ela precisou mesmo ter sido seqüestrada, precisou perder um conhecido
para se tocar que ela tinha muito que fazer em sua posição, e ela pensava nisso
olhando cada rosto alegre por vê-la, cada rosto de seus súditos trabalhadores e
felizes.
Os tempos parados acabaram.
O batalhão chegou à porta do Castelo do Bobo. Havia dois
guardas em cada lado do imenso portão principal, os mesmos com resistentes
armaduras e grandes escudos, que cobriam todo seu corpo, em mãos.
Sarah se aproximou.
-- Sou Sarah, a rainha de Drimlaê, permitam-me passagem para
dentro do castelo! –
-- Tyrus proibiu sua entrada, Vossa Majestade! – Falou um
dos guardas por detrás dos grandes escudos. Embora fossem leais ao rei, seus
rostos mostravam seu amor pela rainha. – Ele disse que você só entrará se
chegar lá... À força! – Os dois guardas se colocaram em posição de defesa.
-- Temos muitos mais soldados aqui! – Gritou Layllian e
apontando para frente, o batalhão de soldados avançou para os dois guardas,
haviam recebido armas fracas, porem eram muitos, o suficiente para deixar os guardas
ocupados enquanto as amazonas entravam no castelo.
Assim que entraram viram o local silencioso. As portas foram
fechadas e arqueiros apareceram nas escadas e por detrás das colunas. Houve de
imediato uma chuva de flechas. Uma dessas flechas voou em direção à Sarah, ela
pôde ver a ponta vinda para cima de si, tentou levantar seu escudo, ou mesmo
sua espada colorida, mas não conseguiu a tempo.
Houve o som da flecha entrando em carne, Layllian virou
junto à Joy que curava uma companheira.
Na frente de Sarah um braço musculoso sangrava. Sam recebeu
a flecha pela outra.
-- Sam... – Sarah gritou.
A outra mulher sorriu e apontou para um corredor livre, mostrando
que estava tudo bem e Sarah podia seguir.
A rainha tentou falar algo, mas houve mais uma chuva de
flechas que derrubava muitas amazonas.
Sam empurrou a outra, que foi para o corredor vazio. Quando Sarah
olhou para trás, Sam tirava a flecha de seu braço com a mão e corria pela
escada, derrubando um arqueiro.
Saram correu.
...
Os corredores pareciam maiores, desconhecidos. A rainha
ouviu um trovão do lado de fora e continuou correndo, iria para a sala do
trono.
Assim que chegou próxima à sala viu uma pequena silhueta no
escuro, a medida que se aproximava a silhueta parecia crescer.
Outro trovão, e um relâmpago iluminou a sala, mostrando a
silhueta.
O grande minotauro rugiu alto.
Sarah se assustou. Estava mesmo preparada para isso? Se não
estava iria morrer ali, agora.
O minotauro arrastou o pé no chão, três vezes e correu para
cima de Sarah.
A rainha colocou o escudo na frente, mas lembrou da luta com
Sam em que era melhor desviar do que suportar o peso. Assim fez. A mulher
jogou-se para o lado e o monstro bateu em uma coluna.
Outro relâmpago e minotauro mugindo alto, apontou seus chifres para a
rainha e correu mais uma vez em sua direção.
Sarah correu para a sala do trono, os grandes portões de
madeira e ouro estavam trancados.
A mulher não sabia o que fazer, estava na frente do portão
trancado, com o grande minotauro vindo em sua direção.
O monstro aproximava-se, Sarah, por impulso jogou-se para o
lado mais uma vez.
Os chifres do grande touro racharam o portão ao meio,
destruindo-o. Do outro lado, sentado de cabeça para baixo no encosto de seu
trono, estava Tyrus.
-- Sarah! Minha rainha! – Ele gritou, sorridente.
Continua...
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