quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O Deus Astro



         
   Em Gensõ não existem tantos deuses menores. Os poucos são conceitos tão importantes que tomaram formas, vida e poder, talvez por suas importâncias ou pela quantidade de adoração recebida que acabou por modificar o Espelho da Realidade, a forma astral que toda existência se compõe.
            Um dos deuses menores mais poderosos e conhecidos é o deus duplo Solarium e Luna.
Enquanto defendem que há dois deuses, pela diferença de conceitos aos quais ambos representam, acreditando serem amantes, rivais ou até mesmo irmãos, tal qual Maagany e Barakon, líderes do panteão maior.
A verdade é que são ambas as faces de um mesmo deus.
Na astronomia de Gensõ, não há um sol e uma lua, mas um mesmo e único astro que se transforma de doze em doze horas em duas formas diferentes para cumprir seu papel. Em todos os locais, quando há noite, em outros também haverá, com exceção de locais modificados por poder mágico, como Daekor, onde parte é sempre dia e outra parte é sempre noite. O mesmo astro desce como sol e sobe como lua todos os dias de doze em doze horas, sendo uma transformação maravilhosa e nunca vista por ninguém. Apenas em raríssimos casos, conhecidos como Eclipse, o astro se torna dois, onde dizem estudiosos, é a libertação das duas personalidades tão conflitantes dentro de um mesmo corpo celeste. Ninguém nunca descobriu o motivo desse acontecimento, mas o Eclipse é sempre prelúdio de algo grande em Gensõ, como batalhas que mudam a história ou mesmo profecias sendo cumpridas.
Pois a lua e o sol são o mesmo, porém opostos.
O Deus Astro, como também é conhecido quando referido em ambas as faces ao mesmo tempo, tem duas formas diferentes.
Quando visto pelas primeiras doze horas da manhã é Solarium. Um deus viril e poderoso, de modos rudes e brutos, agressivo e orgulhoso. Aparece em Gensõ como um elfo de fogo. Sua pele é parda e seus cabelos são chamas vermelhas como o próprio sol como uma fogueira, sempre apontando para cima, seus olhos estão sempre em chamas ardentes, sendo impossível olhá-los diretamente por muito tempo. Normalmente sem roupa, ou com bem pouca, mostra com orgulho todo seu corpo de músculos perfeitos e sempre suados, assim como o grande sexo, sendo símbolo da masculinidade, assim como é protetor dos guerreiros. Sempre carrega uma lança de madeira um pouco queimada, tendo o Fogo e a Terra, elementos masculinos da criação, como seus símbolos alquímicos.
Nas ultimas doze horas do dia é Luna. A deusa é bela e delicada, serena e tranqüila, totalmente oposto de sua contraparte. Aparece na forma de uma belíssima fada-sereia de pele pálida, sentada em uma meia lua flutuante. Com uma longa cauda azul e dois pares de asas de borboletas semitransparentes também numa tonalidade azulada, a deusa está sempre rodeada de pequenas fadas e peixes que nadam no ar. Seus cabelos, longos e lisos parecem sempre úmidos e estão sempre balançando delicadamente ao vento, mesmo quando não há, tendo uma coloração negra como a noite, assim como seus pares de olhos profundos. Mostrando seus pares de belíssimos seios de auréolas rosadas, a deusa simboliza o feminino, assim como a Água e o Ar, elementos femininos da criação. Carrega sempre um pequeno orbe que flutua em suas mãos, rodeado por um brilho azulado, sendo a mesma, protetora dos magos.  

Devotos
Seus clérigos existem em três formas.

Os Filhos do Sol, uma seita que aceita apenas guerreiros do sexo masculino, onde o objetivo é mostrar o máximo de sua virilidade ao mundo. São protetores das batalhas físicas e brutalidades masculinas, proibidos de usar magia, pois acreditam que os homens devem deixar seus instintos masculinos prevalecerem e terem orgulho de todas as extensões de serem homens, desde seus modos até seus corpos. Sua maioria, mais fanática, passa as vidas sem ter contato com mulheres, em igrejas apenas formadas por homens, ou criam laços de companheirismo e até mesmo românticos e sexuais apenas com outros homens, ignorando qualquer mulher, considerando-as muito fracas. Alguns saem pelo mundo, caçando mulheres guerreiras, pois acreditam que a profissão é masculina demais para ser “sujada por toques femininos”. Os Filhos do Sol só atacam seriamente guerreiros do sexo masculino quando estes são clérigos ou devotos de Liaavel, pois de acordo com os mesmos é uma vergonha dizer que a deusa da guerra seja uma mulher, fora isso respeitam todo e qualquer homem que saiba batalhar. A seita tem como símbolo uma serpente em chamas.

                             

             As Filhas da Lua são o oposto, uma ordem feminina que aceita apenas usuárias de magia, como magas e clérigas. Suas devotas são delicadas e estudiosas, sempre tentando resolver os problemas diplomaticamente antes de partirem para a magia, mas nunca usando armas de batalha, suas armas favoritas são o orbe e o grimório, que consideram elegantes, raras utilizam varinhas e/ou cetros por acharem sujas suas formas 'fálicas'. São mulheres dominadoras, sempre batendo de frente com a sociedade machista que tenta oprimi-las. Muitas não mantêm contato com homens, tendo apenas outras mulheres como irmãs, amigas e amantes. Aquelas que se tornam aventureiras são conhecidas por serem caçadoras de magos, pois acreditam que a magia é um dom feminino e quando usada por homens está maculando a deusa. Os clérigos de Therwin são seus alvos favoritos por não aceitarem um deus da magia na forma de um homem. O símbolo da seita é uma aranha de gelo.


Ambos, Filhos do Sol e Filhas da Lua ignoram a contraparte oposta do Deus Astro. Muitos dos seus, são os fieis que acreditam serem na verdade dois deuses diferentes, aqueles que aceitam que é o mesmo deus, defendem que há uma batalha infinita interna onde o masculino e o feminino tentam provar quem é mais forte e por isso tomam esse papel de batalha sexista.

E há ainda uma terceira seita de adoração, um grupo pequeno e raro que adora o deus como um todo, em suas duas formas. Os Filhos do Astro são um grupo misterioso e diversificado que adora a diferença e a dualidade como símbolo principal. Os seus clérigos podem ser o que quiser, embora sempre levem um traço de ambas as faces do deus. Guerreiros mágicos, Magas de combate, Magos especializados em água e ar, guerreiras com espadas de fogo! Todos são muito diferentes, mas levam sempre a dualidade do deus Astro como marca principal, acreditam e defendem que somos todos ambos os deuses, luz e trevas, fogo e água, guerra e magia, dentro de nós mesmos. Seu símbolo é um Yin-Yang, imagem muito difundida em Solasel, onde se acredita ter nascido a seita. 


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