Em Gensõ não existem tantos deuses menores. Os poucos são conceitos tão importantes que tomaram formas, vida e poder, talvez por suas importâncias ou pela quantidade de adoração recebida que acabou por modificar o Espelho da Realidade, a forma astral que toda existência se compõe.
Um dos deuses menores mais poderosos
e conhecidos é o deus duplo Solarium e Luna.
Enquanto defendem que há dois deuses,
pela diferença de conceitos aos quais ambos representam, acreditando serem
amantes, rivais ou até mesmo irmãos, tal qual Maagany e Barakon, líderes do
panteão maior.
A verdade é que são ambas as faces de um
mesmo deus.
Na astronomia de Gensõ, não há um sol e
uma lua, mas um mesmo e único astro que se transforma de doze em doze horas em
duas formas diferentes para cumprir seu papel. Em todos os locais, quando há
noite, em outros também haverá, com exceção de locais modificados por poder
mágico, como Daekor, onde parte é sempre dia e outra parte é sempre noite. O
mesmo astro desce como sol e sobe como lua todos os dias de doze em doze horas,
sendo uma transformação maravilhosa e nunca vista por ninguém. Apenas em
raríssimos casos, conhecidos como Eclipse, o astro se torna dois, onde dizem
estudiosos, é a libertação das duas personalidades tão conflitantes dentro de
um mesmo corpo celeste. Ninguém nunca descobriu o motivo desse acontecimento,
mas o Eclipse é sempre prelúdio de algo grande em Gensõ, como batalhas que
mudam a história ou mesmo profecias sendo cumpridas.
Pois a lua e o sol são o mesmo, porém
opostos.
O Deus Astro, como também é conhecido
quando referido em ambas as faces ao mesmo tempo, tem duas formas diferentes.
Quando visto pelas primeiras doze horas
da manhã é Solarium. Um deus viril e poderoso, de modos rudes e brutos,
agressivo e orgulhoso. Aparece em Gensõ como um elfo de fogo. Sua pele é parda
e seus cabelos são chamas vermelhas como o próprio sol como uma fogueira,
sempre apontando para cima, seus olhos estão sempre em chamas ardentes, sendo
impossível olhá-los diretamente por muito tempo. Normalmente sem roupa, ou com
bem pouca, mostra com orgulho todo seu corpo de músculos perfeitos e sempre
suados, assim como o grande sexo, sendo símbolo da masculinidade, assim como é
protetor dos guerreiros. Sempre carrega uma lança de madeira um pouco queimada,
tendo o Fogo e a Terra, elementos masculinos da criação, como seus símbolos
alquímicos.
Nas ultimas doze horas do dia é Luna. A
deusa é bela e delicada, serena e tranqüila, totalmente oposto de sua
contraparte. Aparece na forma de uma belíssima fada-sereia de pele pálida,
sentada em uma meia lua flutuante. Com uma longa cauda azul e dois pares de
asas de borboletas semitransparentes também numa tonalidade azulada, a deusa
está sempre rodeada de pequenas fadas e peixes que nadam no ar. Seus cabelos,
longos e lisos parecem sempre úmidos e estão sempre balançando delicadamente ao
vento, mesmo quando não há, tendo uma coloração negra como a noite, assim como
seus pares de olhos profundos. Mostrando seus pares de belíssimos seios de
auréolas rosadas, a deusa simboliza o feminino, assim como a Água e o Ar,
elementos femininos da criação. Carrega sempre um pequeno orbe que flutua em
suas mãos, rodeado por um brilho azulado, sendo a mesma, protetora dos magos.
Devotos
Seus clérigos existem em três formas.
Os Filhos do Sol, uma seita que aceita
apenas guerreiros do sexo masculino, onde o objetivo é mostrar o máximo de sua
virilidade ao mundo. São protetores das batalhas físicas e brutalidades masculinas, proibidos de usar magia, pois acreditam que os homens devem deixar
seus instintos masculinos prevalecerem e terem orgulho de todas as extensões de
serem homens, desde seus modos até seus corpos. Sua maioria, mais fanática,
passa as vidas sem ter contato com mulheres, em igrejas apenas formadas por
homens, ou criam laços de companheirismo e até mesmo românticos e sexuais apenas com outros homens, ignorando qualquer mulher, considerando-as muito fracas. Alguns saem pelo mundo, caçando mulheres guerreiras, pois acreditam
que a profissão é masculina demais para ser “sujada por toques femininos”. Os
Filhos do Sol só atacam seriamente guerreiros do sexo masculino quando estes são
clérigos ou devotos de Liaavel, pois de acordo com os mesmos é uma vergonha
dizer que a deusa da guerra seja uma mulher, fora isso respeitam todo e qualquer homem que saiba batalhar. A seita tem como símbolo uma
serpente em chamas.
Ambos, Filhos do Sol e Filhas da Lua
ignoram a contraparte oposta do Deus Astro. Muitos dos seus, são
os fieis que acreditam serem na verdade dois deuses diferentes, aqueles que
aceitam que é o mesmo deus, defendem que há uma batalha infinita interna onde o
masculino e o feminino tentam provar quem é mais forte e por isso tomam esse
papel de batalha sexista.
E há ainda uma terceira seita de
adoração, um grupo pequeno e raro que adora o deus como um todo, em suas
duas formas. Os Filhos do Astro são um grupo misterioso e diversificado que
adora a diferença e a dualidade como símbolo principal. Os seus
clérigos podem ser o que quiser, embora sempre levem um traço de ambas as faces
do deus. Guerreiros mágicos, Magas de combate, Magos especializados em água e
ar, guerreiras com espadas de fogo! Todos são muito diferentes, mas levam sempre
a dualidade do deus Astro como marca principal, acreditam e defendem que somos
todos ambos os deuses, luz e trevas, fogo e água, guerra e magia, dentro de nós
mesmos. Seu símbolo é um Yin-Yang, imagem muito difundida em Solasel, onde se
acredita ter nascido a seita.
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